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A Ritalina, cujo princípio ativo é o Cloridrato de Metilfenidato, é um medicamento estimulante do sistema nervoso central, amplamente utilizado para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a narcolepsia. Desenvolvida pela renomada farmacêutica suíça Novartis e disponível no Brasil também em sua versão genérica pela Eurofarma, a Ritalina se tornou um pilar no manejo desses distúrbios neurológicos. Neste artigo, você vai entender seu mecanismo de ação, indicações, efeitos colaterais, riscos e qual o seu preço para comprar.
O Cloridrato de Metilfenidato atua diretamente no cérebro, aumentando a disponibilidade de dois neurotransmissores essenciais para a atenção, o foco e a motivação: a dopamina e a norepinefrina. O medicamento age bloqueando a recaptação desses neurotransmissores, fazendo com que eles permaneçam por mais tempo na sinapse, a conexão entre os neurônios.
Ao aumentar a quantidade de dopamina e norepinefrina, a Ritalina fortalece as áreas do cérebro responsáveis pela função executiva, como o córtex pré-frontal, o que resulta em:
Melhora do Foco e da Concentração: Permite que o indivíduo se concentre em uma tarefa por mais tempo, sem se distrair facilmente.
Redução da Impulsividade: Ajuda no controle de comportamentos impulsivos, promovendo escolhas mais ponderadas.
Diminuição da Hiperatividade: Reduz a inquietação e a atividade motora excessiva, que são sintomas comuns do TDAH.
A Ritalina é indicada para o tratamento do TDAH em crianças, adolescentes e adultos, além da narcolepsia. Existem duas principais apresentações no mercado, que se diferenciam pelo tempo de ação:
Ritalina (Liberação Imediata): Ação rápida, com duração de 3 a 4 horas. É ideal para quem precisa de um efeito pontual, como para uma prova ou uma reunião.
Ritalina LA (Liberação Prolongada): As cápsulas liberam o medicamento gradualmente ao longo do dia, proporcionando um efeito mais estável e duradouro, por até 8 horas. Essa versão é muito utilizada para manter os efeitos durante todo o período escolar ou de trabalho.
Existem outras marcas que também utilizam o metilfenidato, como o Concerta, que é uma formulação de liberação prolongada com um mecanismo de ação diferente, oferecendo uma opção alternativa para o tratamento do TDAH.
O Cloridrato de Metilfenidato é um medicamento controlado, o que significa que só pode ser adquirido com prescrição médica e retenção da receita.
Preço da Ritalina: O preço da Ritalina pode variar bastante. A versão de liberação imediata (10mg, 30 comprimidos) da Novartis e a versão genérica da Eurofarma costumam custar entre R40eR100. A versão de liberação prolongada, a Ritalina LA, é mais cara, com o preço variando de R150aR300, dependendo da dosagem e da farmácia.
Onde Comprar: A Ritalina só pode ser comprada em farmácias mediante a apresentação da receita médica azul ou amarela (receita de medicamentos controlados).
Efeitos Colaterais: Os efeitos colaterais mais comuns incluem diminuição do apetite, nervosismo, insônia, dor de cabeça, boca seca e aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. É fundamental que o uso seja acompanhado por um profissional de saúde para monitorar e gerenciar esses efeitos.
O uso indevido e sem acompanhamento médico da Ritalina é extremamente perigoso. O metilfenidato tem potencial de abuso, e a utilização recreativa pode levar a graves problemas de saúde, como dependência química, arritmias cardíacas e crises hipertensivas. Para evitar esses riscos, é fundamental seguir a orientação médica à risca e realizar consultas de acompanhamento para ajustar a dosagem e monitorar a saúde do paciente. A automedicação com Ritalina é um risco que não deve ser corrido.
Embora a Ritalina seja uma ferramenta eficaz no tratamento do TDAH, existem outras abordagens que podem complementar o tratamento e melhorar os sintomas.
Terapias Comportamentais: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia parental são úteis para desenvolver estratégias de manejo dos sintomas.
Suplementação Nutricional: Algumas pessoas com TDAH podem se beneficiar da suplementação com minerais como zinco e magnésio, ou ácidos graxos ômega-3, que são importantes para a função cerebral. No entanto, a suplementação deve ser sempre orientada por um profissional de saúde.
Hábitos de Vida: Atividade física regular, uma alimentação balanceada e uma boa rotina de sono são pilares essenciais que ajudam no manejo dos sintomas do TDAH, melhorando a concentração e o bem-estar geral.